Teresa Oliveira escreveu:
Tocaremos o céu e a lua da justiça, com uma luta que ultrapasse o preconceito e o destino apartado que nos obrigaram enfrentar, como se estivéssemos também em uma África do Sul daqueles tempos, onde se pedia justiça racial e nós pedíamos justiça biológica, o pleno direito de sermos filhos de quem somos filhos, mas não nos ouviram.
Agora reflitam: nenhum filho que foi separado de seus pais por conta da Hanseníase deverá estar ou ficar invisível em nossa jornada, porque TODOS são importantes. Cada idéia, cada ação, será sempre um acerto, uma conquista e devemos nos orgulhar de todas elas, mesmo que, em algumas circuntâncias, lutemos como água e óleo, sem nos misturarmos, isto não importa. Que vejam a água, o óleo, as lágrimas, o sangue e até as mortes que ocorreram nestes tempos de sofrimento, mas que nos vejam!
Precisamos de inspiração para irmos além de nossas expectativas e precisamos estar visíveis, de peito aberto, falando nossas verdades que o preconceito deseja abafar, mas não poderá impedir!
Que a justiça seja feita aos filhos separados e a todos os ex pacientes e pacientes de Hanseníase, bem como seus familiares, muitas vezes obrigados a se esconder porque uma parcela da sociedade, que ignora o respeito e a cidadania, deseja permanecer impondo o nosso esquecimento.
Porém, se não ficarmos invisíveis, será impossível não nos deixarem passar!
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