PIRAPITINGUI – Itu/SP [ 22/01 ]
Cemitério
de hospital está abandonado
Irmãos e amigos
do blog:
Assim que o
Isolamento Compulsório terminou, tudo que envolve aquele período está
abandonado em diversas partes do Brasil.
Nosso irmão
Amarildo, o Boca, nos enviou esta denúncia, inconformado com o abandono que
presencia no Pirapitingui.
O abandono do cemitério
já uma questão de saúde pública.
Como resolver?
Por que o Governo Estadual de São Paulo não toma providências?
Com amor pleno
Teresa Oliveira
Notícia publicada
na edição de 22/01/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 8 do caderno A - o
conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
O cemitério São José fica nas dependências do Hospital
Dr. Francisco Ribeiro Arantes, também conhecido como hospital-colônia
Pirapitingui, uma colônia situada em Itu onde vivem parentes de ex-portadores
de hanseníase. O local onde estão enterrados os mortos retrata um estado de
abandono, com túmulos quebrados, sepulturas violadas, ossos de pessoas
enterradas à mostra e o mato alto.
A área total da colônia corresponde a 80 alqueires e
pertence ao governo de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa da
Secretaria da Saúde do Estado, uma sindicância será instaurada para apurar o
caso. O profissional de logística Amarildo Assis Ferreira, 45 anos, convive com
esse clima de abandono ao visitar os pais sepultados no cemitério São José. O
túmulo está deteriorado, o acesso dificultado pelo mato e assim fica difícil de
até identificar o local onde eles estão enterrados, comenta. Ferreira conta que
os seus pais eram portadores de hanseníase e trabalharam por vários anos no
hospital. Afonso Assis Ferreira morreu em 9 de fevereiro de 1979 e desempenhava
as funções na cozinha e no almoxarifado. A sua esposa, Eurides Barbieri
Ferreira, faleceu em 70 e foi faxineira na colônia. Agora os restos mortais
deles ficam praticamente expostos porque não há segurança e as pessoas furtam
tudo o que encontram pela frente, diz o profissional de logística.
Para chegar ao cemitério é preciso passar pela
portaria principal do hospital. Não há cancela. Funcionários ficam na portaria
e observam a entrada e saída de pessoas sem pedir qualquer tipo de
documentação.
A entrada do cemitério fica fechada. O que impede a
passagem das pessoas é um portão de madeira vazado, trancado por uma corrente e
cadeado. Mas, com um mínimo esforço, é possível vencê-lo e chegar ao interior
do terreno.
Um funcionário público que trabalha na colônia há 34
anos, lamenta o estado atual do cemitério. Até o fim da década de 80 as pessoas
que moravam aqui tinham o cuidado de manter o local em ordem, mas infelizmente
agora não tem mais isso, diz.
Esse funcionário também possui uma ligação mais forte
com o cemitério São José. Próximo à entrada está enterrada a sua mãe, morta há
três anos e ex-portadora de hanseníase.
Segundo informações da Secretaria do Estado, existe um
projeto de transferir toda a área da colônia - inclusive o cemitério - para a
Prefeitura de Itu. A ideia é transformar o local em um bairro, que fica
localizado à rodovia Waldomiro Correa Camargo e próximo à divisa com Sorocaba.
Atualmente vivem naquela área aproximadamente 170 pessoas.
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Olá, meu nome e Daniela, minha avó ficou um tempo no sanatório de Pirapitingui, na década de 40. Estou fazendo uma pesquisa para escrever uma peça de teatro a respeito do assunto. Assunto muito importante na nossa história, porém conhecido por poucos. Se alguém puder me dar informações, histórias de pessoas que estiveram por lá, ficarei eternamente grátis.
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